sábado, 17 de outubro de 2009

(lín.gua)


Língua para degustar, sentir sabor, saborear... SABOREAR... Huuummm...
Delícia hein? Ahhhh ta achando que estou dessa vez falando de comida? Nãooooo né tia...!??? Falo do sabor agradável para o coração de muitos que vivem, ou melhor, sobrevivem da língua, língua maldita... Língua profana, diabólica, que cospe fogo...

Aaahhh meus caros colegas, vocês devem pensar:
- Pegou pesado!!!
Será?

Olha o mundo à sua volta e analisa... Quantas línguas bondosas você conhece? Você já parou pra pensar quantas pessoas durante seu dia chegam até você com palavras doces? Quantos elogios “verdadeiros” você recebe por dia? Quem fala bem de você e reconhece suas qualidades, seus dons, seu verdadeiro eu, seu esforço, sua dedicação, sua flexibilidade ao conviver bem com todas as pessoas sem discriminação????

“Tá vendo tu!!!”
Tiago em seu livrinho pixototinho lá na Bíblia já falava sobre os males da língua:
O Domínio sobre a Língua
1 Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.

2 Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.

3 Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo.
4 Tomem também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto.

5 Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.

6 Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniqüidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela
mesma incendiada pelo inferno.
7 Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e tem sido domada pela espécie humana;

8 a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero.

9 Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.

10 Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!

11 Acaso podem sair água doce e água amarga da mesma fonte?

12 Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira, figos? Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce.
E lendo as palavras de Tiago penso numa coisa que sempre digo:
- Tem gente que nunca vai deixar de ter uma vida medíocre...
Cuidado!!! Olha lá tua língua hein? Como você tem usado???
Fácil abrir e meter a lenha no colega, conhecido, amigo... É doce e agradável ao coração maldoso não é? Mas, lembre-se de Tiaguinho: (3:12)
“pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira, figos?”

Se você anda plantando (com sua língua) azeitonas (frutos maus) não irá colher figos (bons frutos). Você pode se deparar com uma “Colheita maldita”.
Aprendam a viver bem... Retirem o cisco do seu olho antes de defamar seu “irmão”; controle seus maus pensamentos e palavras amargas. Poupe a si mesmo de ter um futuro abominável. Pois, o mal não virá para a vítima da sua amargura e maldições, e sim, para si próprio.
Há tantas coisas boas na vida pra se fazer; tantos precisando de ajuda; trabalhos e atividades a serem feitas... Usem sua criatividade para o bem, em prol do outro...

Não seja maldição na vida dos outros. Que você possa se envergonhar de si mesmo e calar mais. Que o nosso SENHOR não seja nossa língua, e sim, DEUS.

Ouçam!!!

Vejam!!!
Psiu!!!
Silêncio!!!!

Prestem bem atenção!!!

Mantenha suas bocas fechadas para o bem do corpo de Cristo; para que possamos viver em plena comunhão.

Dar com a língua nos dentes; Com a língua de fora; Com língua de palmo; Cortar língua; Dar a língua; Dar à/de língua; Dar com a língua nos dentes; Dar de língua; De língua passada; Desenferrujar a língua; Dobrar a língua; Engolir a língua; Enrolar a língua; Estar com a língua coçando; Língua afiada; Língua aglutinante; Língua aglutinativa; Língua ágrafa; Língua analítica; Língua artificial; Língua azul; Língua brasileira de sinais; Língua brasílica; Língua casual; Língua comprida; Língua comum; Língua da geleira; Língua declinativa; Língua de comércio; Língua de contato; Língua de cultura; Língua de fogo; Língua de gato; Língua de palmo; Língua de palmo e meio; Língua de prata; Língua de peba; Língua de sinais; Língua de trapo; Língua do pê; Língua escrita; Língua especial; Língua extinta; Língua falada; Língua flexional; Língua franca; Língua geográfica; Língua geral; Língua gestual; Língua morta; Língua presa; Língua solta; Língua suja; Má língua; Meter a língua; Morder a língua; Na ponta da língua; Não ter papas na língua; Puxar pela língua de; Solto de língua; Ter a língua maior que o corpo; língua...
Júlia Karla - Militante do Movimento ABU Aliança Bíblica Universitária e Analista de Sistemas

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Criar Laços

Quando era criança ouvia uma música muito conhecida nas igrejas: Dizia assim:

“A amizade não se compra com a má ação...

A amizade nasce simples como uma canção...”

Eu lembrei dessa música ao analisar certas “amizades”. Dizem que relacionamento é complicado. Fico pensando: - Imagina uma amizade comprada por uma má ação.

Mas, infelizmente isso, é ignorado por muitos. O que vemos às vezes, são amizades com preços de maçãs. E o sentido de amizade é outro. A amizade assim como namoro, casamento (família) e relacionamentos em geral, estão sendo marcados pelo estilo de vida que a humanidade leva hoje em dia e principalmente pelo que é valorizado atualmente, o ter.

A bíblia cita a amizade de Davi e Jônatas... (I Samuel 20). Como exemplo de “amor” verdadeiro entre amigos. Um amor puro e abençoado por Deus. Uma amizade sadia e bem vista aos olhos de Deus, a ponto de encontrarmos também o seguinte Provérbio (18:24): “mas existe amigo mais apegado que um irmão.”

Amizade não se compra, não se vende por aí, se conquista... Antonie Exupéry cita, em seu livro maravilhoso, O Pequeno Príncipe:

“- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um amigo, cativa-me!”

Pois é! Amizade se conquista, se cativa...

E a raposa ensina ao Pequeno Príncipe o que é cativar:

“- Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços”.

- Criar laços?

-Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol...

- E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste. Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar- me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ...”

Algumas pessoas ao ler esse trecho do livro caem em lágrimas. Outras riem e criticam tal atitude. Mas, ao recordarem de cada “peculiaridade” de seus amigos; da “dor” de saudade ou de sentir tanto “amor”. Só podem achar o trecho lindo, maravilhoso a ponto das palavras serem expressas pelo silêncio acompanhado pelo choro.

A raposa sabia bem o valor desse choro:

“- Ah ! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse ...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou: - Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas: - Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.”

Dê graças a Deus quem possuir amigos. Amigos adquiridos não através de uma má ação, e sim, pelo “simples” criar laços, cativar.

“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” João 13:34

Dentro da amizade confessamos nossos problemas, sonhos, anseios; compartilhamos momentos de felicidades e de tristezas; realizamos atividades juntos; somos companheiros fieis.

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” Tiago 5:16

A ponto de quando um tiver com ânimo abatido nós buscamos forças em dobro para ser o suporte do amigo.

“Suportem-se uns aos outros...” Colossenses 3:13

O tempo que dedicamos a amizade é quem fortalece a relação, é quem ajuda a enfrentar os momentos de crise.

“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal.” Romanos 12:10

Se alguém ainda não sabe o valor de uma amizade recomendo a leitura da história de amizade entre Davi e Jônatas. Descubra a benção que é uma verdadeira amizade. Aprenda como cativar, conquistar um amigo e seja um amigo leal, verdadeiro.

“E Jônatas fez Davi reafirmar seu juramento de amizade, pois era seu amigo leal.” (I Samuel 20:17)

“Como estou triste por você, Jônatas, meu irmão! Como eu lhe queria bem! Sua amizade era, para mim, mais preciosa que o amor das mulheres!” (II Samuel 1:26)


Júlia Karla - Militante da ABU Aliança Bíblica Universitária e Analista de Sistemas